O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, considerou, este sábado, que "os sacrifícios que afetam todos os portugueses", incluindo as forças de segurança, não podem desviar aqueles profissionais da sua missão.
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Ministro Miguel Macedo |
Para o ministro Miguel Macedo, os sacrifícios têm de prosseguir até Portugal conseguir cumprir o memorando assumido com os seus parceiros europeus.
"Compreendo essas dificuldades. Todos nós sentimos essas dificuldades, mas não nos podemos desviar dessa missão primeira, no caso das forças de segurança, que é continuar a garantir segurança aos portugueses", afirmou, acrescentando: "Estamos a sete meses do fim do memorando de entendimento a que nos vinculámos enquanto país. Nós vamos cumprir esse memorando, vamos sair desse memorando e isso é fruto dos sacrifícios muito difíceis que, durante estes quase três anos, tivemos de suportar em Portugal".
Falando aos jornalistas, em Celorico de Basto, onde inaugurou as obras de remodelação do quartel local da GNR, Miguel Macedo disse compreender os protestos das forças de segurança.
"Eu já tenho dito que não pode estar em causa o direito ao protesto. Eu percebo que as pessoas, num momento tão difícil do país, manifestem as suas dificuldades. Isso é normal que aconteça", afirmou.
O ministro insistiu que a situação de dificuldade "atinge todos os portugueses" e que, "nem por isso tem impedido que os profissionais de segurança cumpram de forma exemplar o seu dever e a sua missão de garantir segurança aos portugueses".
Para Miguel Macedo, "é evidente que os elementos que estão nas forças de segurança não estão desfasados do país, mas neste momento o mais importante é dar esta palavra de esperança às pessoas".
Segundo frisou o governante, é também o trabalho das forças de segurança que "tem permitido que haja redução da criminalidade geral e criminalidade violenta e grave e que o país continue a ser reconhecido como seguro".
Elogiando as instalações inauguradas, o ministro recordou que o Governo tem "dedicado uma atenção especial à criação das condições para que nas forças de segurança possam fazer o trabalho, que é absolutamente essencial para o conjunto da comunidade, que é garantir segurança aos portugueses".
Miguel Macedo defende que cumprir o memorando de entendimento "era absolutamente decisivo para, reganhando a soberania orçamental, se possa encarar, do ponto de vista político, as tarefas que são fundamentais para o crescimento da economia e criação de emprego".
"Essa determinação do Governo vai-se manter até ao fim", acentuou, avisando que, "se Portugal não continuasse a ser como é um país e um destino seguro, então as dificuldades dos portugueses seriam acrescidas".