[PRÁ RUBRICA DO "E PORQUE HOJE É DOMINGO" (16/7), ESCOLHEMOS O EDITORIAL DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS DO DIA 11/7, QUE NOS FALA DA VIOLÊNCIA (BRUTA) SOBRE 6 JOVENS NO INTERIOR DE UMA ESQUADRA, ALEGADAMENTE PORQUE ERAM NEGROS!ProfAnónima]
COVA DA MOURA É PORTUGAL
«A ideia de que uma esquadra da polícia pode ser o local mais inseguro para um qualquer cidadão é aterradora, mas ainda se torna mais difícil de aceitar que um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tenha servido de nada para repor a justiça. No mínimo, houve pouco empenho nesse sentido. O Diário de Notícias revela hoje a acusação que o Ministério Público faz a uma esquadra inteira (18 agentes de Alfragide), depois de uma longa investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária. Racismo, sequestro, violência e tortura na Cova da Moura. Mas não é apenas a atuação daqueles agentes que pode estar em causa (uma investigação e uma acusação não substituem o julgamento em tribunal), é também a IGAI, pelo que não fez, e o poder político, por fazer de conta que nada se passou.
Em 2015, quando tudo isto terá acontecido, não faltaram as promessas de que seria feita justiça. O Alto-Comissariado para as Migrações e a Comissão para a Igualdade contra a Discriminação Racial fizeram-se ouvir e foi criada uma Comissão de Alerta Precoce para a Cova da Moura. Dois anos depois, em fevereiro deste ano, a advogada dos jovens agredidos escrevia no seu blogue que "todos viraram as costas". A acusação é de tal forma grave e as ofensas que a investigação dá como provadas de tal forma violentas que a opção que fizemos no DN, numa exceção que confirma a regra, foi a de transcrever algumas das ofensas racistas que o Ministério Público acusa os agentes de terem feito. É uma discussão que importa ter sempre presente. O uso ilegítimo da força por uma polícia é sempre condenável e esse crime é agravado se é cometido pelo ódio e discriminação racial em relação às vítimas. Não podemos dizer orgulhosamente que Portugal não é um país racista e aceitar que um caso como este se fique pelas meias-tintas da IGAI e pelo esquecimento dos políticos. Porque se trata de "terrorismo", a investigação foi feita pela UNCT, agora tem a palavra o Ministério Público e os tribunais. Faça-se justiça.»
NB: ESTE POST SAIU UM POUCO MAIS TARDE PQ QUISEMOS CONFIRMAR ALGUNS PONTOS. NOS COMENTÁRIOS IREMOS COLOCAR MAIS MEIA DÚZIA DE NOVOS DESENVOLVIMENTOS!
COVA DA MOURA É PORTUGAL
«A ideia de que uma esquadra da polícia pode ser o local mais inseguro para um qualquer cidadão é aterradora, mas ainda se torna mais difícil de aceitar que um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tenha servido de nada para repor a justiça. No mínimo, houve pouco empenho nesse sentido. O Diário de Notícias revela hoje a acusação que o Ministério Público faz a uma esquadra inteira (18 agentes de Alfragide), depois de uma longa investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária. Racismo, sequestro, violência e tortura na Cova da Moura. Mas não é apenas a atuação daqueles agentes que pode estar em causa (uma investigação e uma acusação não substituem o julgamento em tribunal), é também a IGAI, pelo que não fez, e o poder político, por fazer de conta que nada se passou.
Em 2015, quando tudo isto terá acontecido, não faltaram as promessas de que seria feita justiça. O Alto-Comissariado para as Migrações e a Comissão para a Igualdade contra a Discriminação Racial fizeram-se ouvir e foi criada uma Comissão de Alerta Precoce para a Cova da Moura. Dois anos depois, em fevereiro deste ano, a advogada dos jovens agredidos escrevia no seu blogue que "todos viraram as costas". A acusação é de tal forma grave e as ofensas que a investigação dá como provadas de tal forma violentas que a opção que fizemos no DN, numa exceção que confirma a regra, foi a de transcrever algumas das ofensas racistas que o Ministério Público acusa os agentes de terem feito. É uma discussão que importa ter sempre presente. O uso ilegítimo da força por uma polícia é sempre condenável e esse crime é agravado se é cometido pelo ódio e discriminação racial em relação às vítimas. Não podemos dizer orgulhosamente que Portugal não é um país racista e aceitar que um caso como este se fique pelas meias-tintas da IGAI e pelo esquecimento dos políticos. Porque se trata de "terrorismo", a investigação foi feita pela UNCT, agora tem a palavra o Ministério Público e os tribunais. Faça-se justiça.»
NB: ESTE POST SAIU UM POUCO MAIS TARDE PQ QUISEMOS CONFIRMAR ALGUNS PONTOS. NOS COMENTÁRIOS IREMOS COLOCAR MAIS MEIA DÚZIA DE NOVOS DESENVOLVIMENTOS!
NOTÍCIA RELACIONADA: REGISTOS DA OCORRÊNCIA NÃO BATEM CERTO?! (parece que não...)
ResponderEliminar«INEM registou agressões da PSP a jovens como "quedas acidentais"
Agressões contra seis jovens da Cova da Moura de que são acusados 18 polícias aconteceram em 2015
Médicos e enfermeiros que transportaram jovens para o hospital confiaram na palavra da polícia e desvalorizaram ferimentos
Quando foram chamados à esquadra da PSP de Alfragide para levar ao hospital jovens da Cova da Moura feridos, os técnicos de emergência médica receberam informação só dos polícias. INEM diz que tem "confiança" nos seus registos
(...)
Quanto a possíveis medidas para prevenir este tipo de contradições, o INEM admite que, "caso surjam indícios fortes de consubstanciar a prática de infração disciplinar, o INEM pode e deve instaurar processos de inquérito ou disciplinares". Não diz, no entanto, se o pretende fazer neste caso.
Cova Da Moura
Valentina Marcelino»
LER MAIS AQUI:http://www.dn.pt/portugal/interior/inem-registou-queda-acidental-como-causa-das-lesoes-de-jovens-agredidos-8640379.html (IN DN-16/7/17)
OUTRA NOTÍCIA RELACIONADA: MINISTRA DA AI JÁ DEVIA TER FALADO NO ASSUNTO? (marques mendes acha que sim)
ResponderEliminar«(...)
Segundo round. Constança Urbano de Sousa é uma ministra que, para Luís Marques Mendes, “não existe”. O último caso a colocar em cheque a atuação da ministra da Administração Interna, considera o advogado, é o caso da acusação do Ministério Público aos agentes da PSP de Alfragide, por alegados racismo, tortura, violência policial e falsas declarações. Marques Mendes estranhou não ter visto a ministra, a quem pede que diga “duas coisas muito simples”.
Em primeiro lugar, Marques Mendes é da opinião que Constança Urbano de Sousa devia ter pedido “justiça em relação àqueles que prevaricaram” e, depois, poder “separar o trigo do joio”. “A circunstância de alguns agentes prevaricarem e terem comportamentos muito maus não significa que a PSP no seu conjunto, milhares de agentes, sejam prevaricadores, bem pelo contrário”, disse Marques Mendes.
(...)»
DAQUI:http://observador.pt/2017/07/16/marques-mendes-a-oposicao-esta-fraca-antonio-costa-tem-tiques-socraticos-e-na-administracao-interna-nao-ha-ministro/
PERGUNTA: QUANDO ESTAMOS A FALAR DE "FERIMENTOS" ESTAMOS A FALAR EXACTAMENTE DE QUÊ?!
ResponderEliminarSegundo o DN, disto:
Eliminar«(...)
De acordo com os relatórios clínicos, que também fazem parte do processo, os jovens tinham vários hematomas e lesões por todo o corpo e rosto, dentes partidos, traumatismos cranianos.
O INEM garante que não foi influenciado pela informação dada pelos agentes. "Os profissionais do INEM têm o dever constitucional, consagrado no Código de Ética dos Profissionais do INEM, de tratar qualquer cidadão de forma justa e imparcial, não devendo ser influenciados por informações de terceiros."
(...)»
Alguns dos hematomas tinham sido feitos por balas de borracha?
ResponderEliminarNo dia 12 o Público trazia um artigo onde perguntava se estes excessos policiais só acontecem na esquadra de Alfragide!!! AM
ResponderEliminarO correio da manhã de hoje trás uma notícia onde 2 ou 3 Gnr foram punidos por excessos policiais sobre um homem alcoolozado no hospital de Amarante. A fazer fé na notícia aqueles métodos só os tinha visto nos seguranças dosSopranos.
EliminarNão será que neste caso foram punidos porque eram todos praças???
EliminarJá existem algumas conclusões sobre o caso do graduado de Guimarães que espancou uma família num jogo de futebol? Eles fazem o que querem e ainda lhes sobra tempo.
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