[TRAZIDO DO FB: CONTA DO JN-17/1/2016]
CAROS BLOGUISTAS: INFELIZMENTE TODOS CONHECEMOS ESTÓRIAS DE PESSOAS SEM UMA CASA PRA HABITAR (pelo que isso já começa a ser uma não notícia). MAS A ESTÓRIA DO JOÃO É DIFERENTE: AO QUE PARECE, PRÓ JOÃO, O GOVERNO PORTUGUÊS NÂO TEM SEQUER UM ESPAÇO AO AR LIVRE PRA QUE ELE POSSA ESTAR: SERÁ PORTUGAL ASSIM TÃO PEQUENO?! ProfAnónima
SERÁ PORTUGAL UM PAÍS TÃO PEQUENO?!
«Sem-abrigo vive debaixo da ponte e vai ser despejado
João Dias, 47 anos, operário da construção civil, vive desde o verão debaixo da ponte de Lanheses, em Viana do Castelo. Há dias, foi confrontado com a ameaça de despejo.
*
João Dias construiu uma barraca sobre a terra batida, com estacas de madeira, cobertas com plásticos pretos. Lá dentro, recolhe-se numa tenda de campismo, instalada sobre um estrado de madeira, levantado por estacaria acima de cerca de meio metro do chão, que por estes dias está transformado num charco de lama.
As chuvas de inverno trouxeram-lhe a água para ao pé da porta. Dois cães, Nico e Pintinhas, guardam-lhe "a casa", onde fez questão de colocar duas janelas, meramente decorativas. Há dias, foi confrontado com a ameaça de despejo. A pedido da Infraestruturas de Portugal (IP), a GNR identificou-o.
"Foi enviado um ofício para o posto de Lanheses para identificar um indivíduo que se encontra a ocupar um espaço debaixo da ponte na freguesia de Geraz do Lima. Foi identificado e deverá ser notificado pela IP para sair. Se não sair, deverá ser o tribunal a dar ordem de despejo. Em princípio, será esse o procedimento", confirmou, ao JN, fonte da GNR de Viana do Castelo.
"Se me puserem daqui para fora, é para eu fazer uma loucura. Para onde é que vou se tenho aqui as minhas coisinhas todas?", lamenta João Dias, referindo ter "quase nada" para a sua sobrevivência. "Vivo com 170 euros do RSI e à custa das esmolas, cobertores e roupas que me dão".
Segundo a GNR, João Dias "viveu em Vila de Punhe. Após a morte da mulher, andou de freguesia em freguesia até acampar debaixo da ponte". Recentemente, uma instituição do concelho de Viana do Castelo disponibilizou-se para o ajudar, mas ele "recusou apoio social".
João argumenta: "Era numa associação de dependências. Não sou dependente, prefiro morrer na rua do que ir para essas casas", E entre riso e choro descompensados, apela: "Podiam-me arranjar uma casa social, com água e com luz".
(...)»
NB: INICIALMENTE IAMOS ABORDAR "AS CAUSAS ABRAÇADAS PELOS CANDIDATOS A BELÉM, NA 1ª SEMANA DE CAMPANHA ELEITORAL", MAS QUANDO VIMOS ESTA ESTÓRIA, RESOLVEMOS QUE A ESTÓRIA DO JOÃO TINHA QUE TER PRIORIDADE!(ver post 21)
CAROS BLOGUISTAS: INFELIZMENTE TODOS CONHECEMOS ESTÓRIAS DE PESSOAS SEM UMA CASA PRA HABITAR (pelo que isso já começa a ser uma não notícia). MAS A ESTÓRIA DO JOÃO É DIFERENTE: AO QUE PARECE, PRÓ JOÃO, O GOVERNO PORTUGUÊS NÂO TEM SEQUER UM ESPAÇO AO AR LIVRE PRA QUE ELE POSSA ESTAR: SERÁ PORTUGAL ASSIM TÃO PEQUENO?! ProfAnónima
SERÁ PORTUGAL UM PAÍS TÃO PEQUENO?!
«Sem-abrigo vive debaixo da ponte e vai ser despejado
João Dias, 47 anos, operário da construção civil, vive desde o verão debaixo da ponte de Lanheses, em Viana do Castelo. Há dias, foi confrontado com a ameaça de despejo.
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As chuvas de inverno trouxeram-lhe a água para ao pé da porta. Dois cães, Nico e Pintinhas, guardam-lhe "a casa", onde fez questão de colocar duas janelas, meramente decorativas. Há dias, foi confrontado com a ameaça de despejo. A pedido da Infraestruturas de Portugal (IP), a GNR identificou-o.
"Foi enviado um ofício para o posto de Lanheses para identificar um indivíduo que se encontra a ocupar um espaço debaixo da ponte na freguesia de Geraz do Lima. Foi identificado e deverá ser notificado pela IP para sair. Se não sair, deverá ser o tribunal a dar ordem de despejo. Em princípio, será esse o procedimento", confirmou, ao JN, fonte da GNR de Viana do Castelo.
"Se me puserem daqui para fora, é para eu fazer uma loucura. Para onde é que vou se tenho aqui as minhas coisinhas todas?", lamenta João Dias, referindo ter "quase nada" para a sua sobrevivência. "Vivo com 170 euros do RSI e à custa das esmolas, cobertores e roupas que me dão".
Segundo a GNR, João Dias "viveu em Vila de Punhe. Após a morte da mulher, andou de freguesia em freguesia até acampar debaixo da ponte". Recentemente, uma instituição do concelho de Viana do Castelo disponibilizou-se para o ajudar, mas ele "recusou apoio social".
João argumenta: "Era numa associação de dependências. Não sou dependente, prefiro morrer na rua do que ir para essas casas", E entre riso e choro descompensados, apela: "Podiam-me arranjar uma casa social, com água e com luz".
(...)»
NB: INICIALMENTE IAMOS ABORDAR "AS CAUSAS ABRAÇADAS PELOS CANDIDATOS A BELÉM, NA 1ª SEMANA DE CAMPANHA ELEITORAL", MAS QUANDO VIMOS ESTA ESTÓRIA, RESOLVEMOS QUE A ESTÓRIA DO JOÃO TINHA QUE TER PRIORIDADE!(ver post 21)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEM DESTAQUE: RETIRADO DO TEXTO DO POST
ResponderEliminar1-«Sem-abrigo vive debaixo da ponte e vai ser despejado»
Eliminar2-«João Dias construiu [debaixo da ponte de lanheses]
uma barraca sobre a terra batida, com estacas de madeira, cobertas com plásticos pretos.»
3-«Há dias, foi confrontado com a ameaça de despejo. A pedido da Infraestruturas de Portugal (IP), a GNR identificou-o»
RELACIONADO: QUEM SÃO OS SEM-ABRIGO NA CAPITAL?
ResponderEliminarNa gravação audio de um candidato a Belém, denunciou que 400 sem-abrigo a "viverem" em Lisboa, foram ex-combatentes.
O candidato tem nome, é o médico Cândido Ferreira ex-responsável do PS de Leiria.
EliminarDÁ QUE PENSAR: REFUGIADOS vs SEM-ABRIGO
ResponderEliminarMuito recentemente, um sem-abrigo pedia esmolas pra ir até à Síria e voltar...no mês seguinte...com o estatuto de refugiado.
Eu vi o cartaz nas redes sociais. Terá sido um ato de desespero ou uma forma de chamar a atenção??
Eliminartalvez de alerta!!!
EliminarQue mal faz o homem naquele lugar? Ouve-se falar que certas pessoas recebem 300 e 500 euros de rendimento mínimo porquê que a ele só dão 170?
ResponderEliminarO montante do RSI depende do agregado famíliar. Um adulto só tem direito a esse valor, está correto.
EliminarAcha corecto uma pessoa viver com 170 euros por mês?
EliminarAntigamente as juntas tinham uma palavra a dizer, depois passaram a ser as técnicas. O quê que elas percebem da vida das pessoas? E agora já deixou deser dado por cunhas políticas???
EliminarApenas se pretendeu dizer que o valor era o legal, que o valor a atribuir a cada adulto está tabelado e todos recebem igual. Quanto ao montante cada um pensar pela sua cabeça.
EliminarSe uma associação o quis ajudar porquê que ele recusou? Porquê que não pediu a cantina social? Será que numa cidade tão grande como Viana do Castelo não tem cantina social??
ResponderEliminarse ler o texto vai ver o tipo de ajuda que lhe foi oferecida. as cantinas sociais não foram criadas em função do tamanho das terras, era preciso que uma associação se candidata-se.
EliminarQue mal tem o homem pernoitar naquele lugar? Será que além dos míseros 175 euros não recebe a refeição da cantina social? Antigamente ao menos ainda existia a sopa dos pobres que matavam a fome a muita gente.
ResponderEliminarQuem deu essa ordem deve precisar de muito espaço para viver. Devia de pensar que um dia vai acabar num buraco com 1 por 2 e pouco mais.
ResponderEliminarQuando o anterior Governo criou a "cantina social", fê-lo a pensar sobretudo nestes casos, que não têm condições para cozinhar, e nos casos dos idosos e doentes que não podiam cozinhar e não tinham possibilidade de contratar o chamado apoio domiciliário convencional que fica caro, muito caro. Mas todos sabemos que as cantinas sociais nunca cumpriram a sua função de complemento, pois acabaram por ser dadas a todos sem qualquer critério e que por isso ainda serviram para ostracisar ainda mais os desempregados e os benefeciários do RSI. Basta ouvir um forúm para logo aparecer alguém a acusar estas pessoas que não fazem nada e ainda lhes levam o almoço a casa.
ResponderEliminarCom tantas casas desocupadas nos centros históricos das vilas e cidades, haverá necessidade de ver gente a morar assim???
ResponderEliminarli que o actual governo vai criar uma linha de crédito para revitalizar as casas nas zonas históricas.
EliminarCada vez temos mais pessoas a julgarem-se donos disto tudo, tanto dos espaços como dos bens públicos. Em frança não deixaram o Toni Carreira usar a embaixada portuguesa para o Governo francês o homenagear. Agora não deixam este pobre coitado "viver" debaixo da ponte. Vamos de mal a pior...
ResponderEliminarA "estória" do Toni Carreira também merecia ser contada. Não devia ser motivo de orgulho ver um português receber um galardão daqueles? Até agora poucos os receberam.
EliminarReparei sobretudo na imagem que tem pendurada na árvore, nem mesmo assim perdeu a fé.
ResponderEliminartambém reparei. mas pelos vistos não lhe serviu de muito.
EliminarDepois desta publicidade toda o mais certo é que o problema do senhor João Dias já esteja resolvido, mas o problema vai continuar para os outros joões cujas histórias não chegaram aos jornais e às televisões.
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