[CAROS BLOGUISTAS: AQUI DEIXAMOS UM ENXERTO DA ENTREVISTA DADA PELO PRESIDENTE DA CÂMARA DE MOIMENTA AO JORNAL DO CENTRO, ONDE DEFENDE QUE A ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA DESTA REGIÃO PASSA PELA UNIÃO E A COOPERAÇÃO ENTRE TODOS OS MUNICÍPIOS, JÁ QUE OU "A REGIÃO CRESCE EM CONJUNTO OU DESAPARECE EM CONJUNTO"!VOTOS DE BOA LEITURA! ProfAnónima]
«A REGIÃO OU CRESCE EM CONJUNTO OU DESAPRECE EM CONJUNTO
Presidente da Câmara de Moimenta da Beira
1-Vamos começar a nossa conversa pela mais recente novidade de Moimenta da Beira, as torres eólicas pintadas. Como é que o concelho vai tirar proveito dessa intervenção artística?
Temos feito um esforço para ligar os nossos produtos à cultura. Temos a consciência que num mundo global o que nos pode distinguir é a nossa cultura. A cultura local ou uma cultura, como é o caso, mais abrangente. Ter no nosso território obras de dois artistas plásticos reconhecidos mundialmente é um fator que nos vai ajudar em dois aspetos: primeiro dar notoriedade ao nosso concelho e aos nosso produtos através da arte; segundo, constituir a partir das torres eólicas pintadas um conjunto de fatores de atratividade que possibilitem chamar ao concelho mais visitantes.
2-Há alguma estratégia para segurar por mais algum tempo no território os turistas que venham ver as eólicas pintadas?
(...)
5-Teve recentemente em Moimenta da Beira a responsável pela Unidade de Missão para a Valorização do Interior. Disse na altura que acredita que é desta que vai haver uma estratégia para o interior. É uma profissão de fé por ser um Governo socialista?
A esperança é última a morrer. Como no interior temos alguns territórios de tal maneira abandonados, quase num ponto de não retorno, agarro-me ao que existe. E o que existe agora é esta Unidade de Missão para o Interior. O programa do atual Governo tem uma série de boas medidas para o interior e eu não estou disponível para as desacreditar antes do tempo. Era o que faltava sermos nós, que reclamamos medidas para o interior, dizer desde logo que não vão resultar.
6-Com a sua experiência, o que é preciso fazer para valorizar este interior e sairmos da quase situação de não retorno?
É indispensável que se mantenham serviços públicos à dimensão dos territórios. Não se pode obrigar as pessoas a percorrerem dezenas de quilómetros para terem acesso aos serviço de saúde e os seus filhos terem uma escola. Se assim for ninguém fica a viver nessas terras.
(...)
8-Captar investimento tem sido a palavra de ordem de muitos autarcas neste mandato. No Norte do distrito essa captação de investimento é sempre mais difícil. Em Moimenta da Beira não se tem ouvido falar em investimento, não entra nesse campeonato?
Faço todos os dias o melhor que posso para ajudar as organizações do meu concelho. Não o faço é num campeonato. Não acredito no campeonato de uns contra os outros. Temos uma região que cresce em conjunto ou desaparece em conjunto. A ideia de que Moimenta da Beira pode crescer esvaziando os concelhos vizinhos é um erro. Isso é do passado e que muito nos diminuiu.
9-Gostaria que fosse do passado, mas não é. Assistimos a muitos autarcas darem mais um pouco que o vizinho para atraírem investimento…
Quando digo do passado é porque não terá futuro. Nós somos tão pequenos que se não nos juntarmos dificilmente concretizaremos os grandes objetivos que têm que ser de todos. Devia ser proibido os concelhos andarem a tirar umas coisas aos outros. Devia ser obrigatório juntarmo-nos para decidirmos o que queremos e onde.
10-Isso era o ideal. Mas ainda recentemente na escolha dos projetos com apoio do próximo quadro comunitário de apoio a “luta” foi acesa entre os municípios na Comunidade Intermunicipal do Douro (CIMDouro)…
Temos um bom relacionamento e reconheço legitimidade para que cada município tente proteger os seus próprios interesses. O sistema é que tem que ser alterado. Não podemos querer uma política regional e ser julgados a nível local. Isso só se resolve havendo uma entidade supramunicipal que seja responsável por essa politica regional. As CIM não podem ser simples organismos de gestão dos fundos comunitários. Se assim for quando os fundos comunitários se extinguirem as CIM ficam sem competências. O programa do Governo devia ter ido mais longe nas competências das CIM tal como o foi para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. Lamento que a regionalização não tenha sido feita na altura que devia. Hoje já todos percebemos que foi um erro.
11-O quadro comunitário 2020 continua a ser uma frustração?
Porque continua a obedecer a um desenho centralista. Tenho apelado ao Governo que o transforme num quadro de coesão e que corte com o centralismo.
12-O que coube a Moimenta da Beira do quadro comunitário 2020?
Não quero individualizar porque esse não é o caminho…
(...)
18-Quase a terminar o segundo mandato de que mais se orgulha ter feito?
Da paz social que se vive no concelho. Cabemos cá todos dentro das nossas diferenças. Respeitamos o que cada um pensa. Ninguém tem medo de ninguém. O município é um facilitador. A câmara nunca se mete em nada, mas estará presente onde as pessoas quiserem que esteja.
19-O que o motiva cumprir um terceiro mandato?
A candidatura não é minha. Isso ainda tem que ser avaliado. O que me motiva a trabalhar todos os dias é sentir que estamos perante uma oportunidade única de se fazer alguma coisa.
20-É por essa sua vontade que a oposição tem dificuldade em arranjar alguém que o queira enfrentar nas próximas eleições?
Há muita gente para ser alternativa. Muito mau seria não haver candidatos a quererem gerir o concelho. Estamos muito longe disso.
21-O que gostaria de concretizar até ao fim do mandato?
Iniciar a construção das barragens para regadio e criar condições para reforçar a capacidade de frio (câmaras frigoríficas para a fruta). Com as organizações de produtores gostaria de iniciar um processo sólido de internacionalização e industrialização dos nossos produtos.»
DAQUI: http://www.jornaldocentro.pt/categoria/regiao/moimenta-da-beira/
«A REGIÃO OU CRESCE EM CONJUNTO OU DESAPRECE EM CONJUNTO
Presidente da Câmara de Moimenta da Beira
1-Vamos começar a nossa conversa pela mais recente novidade de Moimenta da Beira, as torres eólicas pintadas. Como é que o concelho vai tirar proveito dessa intervenção artística?
Temos feito um esforço para ligar os nossos produtos à cultura. Temos a consciência que num mundo global o que nos pode distinguir é a nossa cultura. A cultura local ou uma cultura, como é o caso, mais abrangente. Ter no nosso território obras de dois artistas plásticos reconhecidos mundialmente é um fator que nos vai ajudar em dois aspetos: primeiro dar notoriedade ao nosso concelho e aos nosso produtos através da arte; segundo, constituir a partir das torres eólicas pintadas um conjunto de fatores de atratividade que possibilitem chamar ao concelho mais visitantes.
2-Há alguma estratégia para segurar por mais algum tempo no território os turistas que venham ver as eólicas pintadas?
(...)
5-Teve recentemente em Moimenta da Beira a responsável pela Unidade de Missão para a Valorização do Interior. Disse na altura que acredita que é desta que vai haver uma estratégia para o interior. É uma profissão de fé por ser um Governo socialista?
A esperança é última a morrer. Como no interior temos alguns territórios de tal maneira abandonados, quase num ponto de não retorno, agarro-me ao que existe. E o que existe agora é esta Unidade de Missão para o Interior. O programa do atual Governo tem uma série de boas medidas para o interior e eu não estou disponível para as desacreditar antes do tempo. Era o que faltava sermos nós, que reclamamos medidas para o interior, dizer desde logo que não vão resultar.
6-Com a sua experiência, o que é preciso fazer para valorizar este interior e sairmos da quase situação de não retorno?
É indispensável que se mantenham serviços públicos à dimensão dos territórios. Não se pode obrigar as pessoas a percorrerem dezenas de quilómetros para terem acesso aos serviço de saúde e os seus filhos terem uma escola. Se assim for ninguém fica a viver nessas terras.
(...)
8-Captar investimento tem sido a palavra de ordem de muitos autarcas neste mandato. No Norte do distrito essa captação de investimento é sempre mais difícil. Em Moimenta da Beira não se tem ouvido falar em investimento, não entra nesse campeonato?
Faço todos os dias o melhor que posso para ajudar as organizações do meu concelho. Não o faço é num campeonato. Não acredito no campeonato de uns contra os outros. Temos uma região que cresce em conjunto ou desaparece em conjunto. A ideia de que Moimenta da Beira pode crescer esvaziando os concelhos vizinhos é um erro. Isso é do passado e que muito nos diminuiu.
9-Gostaria que fosse do passado, mas não é. Assistimos a muitos autarcas darem mais um pouco que o vizinho para atraírem investimento…
Quando digo do passado é porque não terá futuro. Nós somos tão pequenos que se não nos juntarmos dificilmente concretizaremos os grandes objetivos que têm que ser de todos. Devia ser proibido os concelhos andarem a tirar umas coisas aos outros. Devia ser obrigatório juntarmo-nos para decidirmos o que queremos e onde.
10-Isso era o ideal. Mas ainda recentemente na escolha dos projetos com apoio do próximo quadro comunitário de apoio a “luta” foi acesa entre os municípios na Comunidade Intermunicipal do Douro (CIMDouro)…
Temos um bom relacionamento e reconheço legitimidade para que cada município tente proteger os seus próprios interesses. O sistema é que tem que ser alterado. Não podemos querer uma política regional e ser julgados a nível local. Isso só se resolve havendo uma entidade supramunicipal que seja responsável por essa politica regional. As CIM não podem ser simples organismos de gestão dos fundos comunitários. Se assim for quando os fundos comunitários se extinguirem as CIM ficam sem competências. O programa do Governo devia ter ido mais longe nas competências das CIM tal como o foi para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. Lamento que a regionalização não tenha sido feita na altura que devia. Hoje já todos percebemos que foi um erro.
11-O quadro comunitário 2020 continua a ser uma frustração?
Porque continua a obedecer a um desenho centralista. Tenho apelado ao Governo que o transforme num quadro de coesão e que corte com o centralismo.
12-O que coube a Moimenta da Beira do quadro comunitário 2020?
Não quero individualizar porque esse não é o caminho…
(...)
18-Quase a terminar o segundo mandato de que mais se orgulha ter feito?
Da paz social que se vive no concelho. Cabemos cá todos dentro das nossas diferenças. Respeitamos o que cada um pensa. Ninguém tem medo de ninguém. O município é um facilitador. A câmara nunca se mete em nada, mas estará presente onde as pessoas quiserem que esteja.
19-O que o motiva cumprir um terceiro mandato?
A candidatura não é minha. Isso ainda tem que ser avaliado. O que me motiva a trabalhar todos os dias é sentir que estamos perante uma oportunidade única de se fazer alguma coisa.
20-É por essa sua vontade que a oposição tem dificuldade em arranjar alguém que o queira enfrentar nas próximas eleições?
Há muita gente para ser alternativa. Muito mau seria não haver candidatos a quererem gerir o concelho. Estamos muito longe disso.
21-O que gostaria de concretizar até ao fim do mandato?
Iniciar a construção das barragens para regadio e criar condições para reforçar a capacidade de frio (câmaras frigoríficas para a fruta). Com as organizações de produtores gostaria de iniciar um processo sólido de internacionalização e industrialização dos nossos produtos.»
DAQUI: http://www.jornaldocentro.pt/categoria/regiao/moimenta-da-beira/
Bom, ao que parece são cada vez mais os Autarcas da Região a falar em união e cooperação por oposição à estratégia do passado assente na divisão e competição! ProfAnónima
ResponderEliminar