[CAROS BLOGUISTAS: AQUI FICAM AS 8 IDEIAS CHAVE SAÍDAS DA 10ª CONVENÇÃO DO BLOCO DE ESQUERDA, OCORRIDA NO PASSADO FIM-DE SEMANA EM LISBOA! ALGUNS ÓRGÃOS DA CS CONSIDERARAM QUE NASCEU ALI UM NOVO BLOCO PORQUANTO A SUA LÍDER ASSUMIU QUE O "BLOCO QUER SER PODER"!VOTOS DE BOA LEITURA! ProfAnónima]
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X CONVENÇÃO DO BE: 8 IDEIAS-CHAVE SAÍDAS DA 10ª CONVENÇÃO DO BE
«O que esperar deste Bloco? 8 conclusões da Convenção
Há uma notória evolução do discurso europeu (mas com espaços em branco). Também pressões sobre o Orçamento. Mas muito conforto para a "geringonça" - e total autonomia para a líder. Oito pistas do BE.
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1- Catarina Martins fechou a Convenção com uma ameaça: proporá um referendo europeu, caso sejam aplicadas sanções a Portugal. E caso haja "chantagem" europeia de impor mais impostos no próximo Orçamento. Ela não diz se o referendo é sobre o euro, sobre o Tratado Orçamental, ou sobre a permanência na UE. E cada cenário seria muito diferente, para além de ser também mais ou menos difícil (tendo em conta a limitação que a Constituição impõe a referendo sobre Tratados Orçamentais).
2- Mais até, a líder do Bloco quer que o país se prepare para reconstruir os instrumentos de soberania e preparar "para todos os cenários em que a UE nos ameace, sejam as sanções, o fim do euro ou a desagregação da UE." Leia-se: que se prepare para sair do euro ou da própria UE. Não foi um adeus ao euro, mas um fazer de caminho para isso.
3- Do ponto de vista europeu, o Bloco está mais cético - usando a Europa para se afastar e distinguir do PS, face à dificuldade em fazê-lo no plano interno. Está também mais soberanista, recusando o otimismo de Costa de que "só é possível ser socialista dentro da UE" (fase muito criticada por Pureza no palco). Mas, ao mesmo tempo, o Bloco quer ser mais internacionalista: Catarina Martins quer uma convenção daqui a um ano com os partidos congéneres, para preparar um projeto europeu alternativo.
4- Sobre estes movimentos congéneres, assinala-se um detalhe: os apupos dos congressistas à presença do Syriza no congresso. A cedência do partido ao terceiro resgate e às regras do euro (e a sua aproximação ao Partido Socialista Europeu) tornaram-no num partido pouco querido, por oposição p.e. ao Podemos de Espanha.
5- O Bloco já tem caderno de encargos para o próximo Orçamento: aumentar as pensões mínimas acima da inflação; subir as prestações sociais também acima da inflação. Isto implica um razoável esforço orçamental - e colocar em cima da mesa de negociação pontos que estão formalmente fora dos acordos celebrados em novembro passado.
6- Mas há mais pontos de tensão visíveis, na relação com o PS. Sobretudo o da dívida pública, que está em discussão nos grupos de trabalho que vão ter primeiros resultados em julho. A dúvida? Se o PS cede a uma proposta de reestruturação que, numa entrevista à Visão, Catarina Martins até já admitiu que não terá que ser "radical". Outros pontos em aberto são os da contratação coletiva, combate às "rendas excessivas" na energia, saúde e educação. Para além da (menos presente na Convenção) questão da banca, tendo em conta o processo da CGD e de venda do Novo Banco.
7- Quanto ao Bloco, como partido, Catarina Martins sai da Convenção muito reforçada, com 83% dos votos. Com larga e confortável maioria na Mesa Nacional (tornando-se autónoma na gestão interna, apesar da ala do partido que claramente não gosta da solução). E com a "geringonça" oficialmente aprovada pelo partido. Isto são, claro, boas notícias para António Costa e para a estabilidade do Governo.
Como o PS também já o fez no seu congresso, falta agora ver como isto é gerido no PCP, que tem congresso em dezembro - e onde se fala mais em divisões internas. De resto, até há um mês, os documentos internos oficiais dos partidos em nada abriam a porta a tal cenário.
8- Nas autárquicas, tudo ficou na mesma: percebe-se que o Bloco tentará ganhar força para integrar "pequenas geringonças" nos executivos de autarquias. Mas não ficou claro se, ao nível de coligações pré-eleitorais, haverá disponibilidades pontuais para conversar. A maior incógnita é Lisboa - onde Medina tenta a sua primeira eleição pelo PS, mas vendo o PCP pouco disponível para ir junta ao ato eleitoral.»
DAQUI:http://www.tsf.pt/politica/interior/o-que-esperar-do-bloco-oito-conclusoes-da-convencao-5250121.html
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NB:NO POST 35 PODERÁ VER UM RESUMO DOS DISCURSOS DE 2 DOS FUNDADORES DO BE!
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X CONVENÇÃO DO BE: 8 IDEIAS-CHAVE SAÍDAS DA 10ª CONVENÇÃO DO BE
«O que esperar deste Bloco? 8 conclusões da Convenção
Há uma notória evolução do discurso europeu (mas com espaços em branco). Também pressões sobre o Orçamento. Mas muito conforto para a "geringonça" - e total autonomia para a líder. Oito pistas do BE.
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1- Catarina Martins fechou a Convenção com uma ameaça: proporá um referendo europeu, caso sejam aplicadas sanções a Portugal. E caso haja "chantagem" europeia de impor mais impostos no próximo Orçamento. Ela não diz se o referendo é sobre o euro, sobre o Tratado Orçamental, ou sobre a permanência na UE. E cada cenário seria muito diferente, para além de ser também mais ou menos difícil (tendo em conta a limitação que a Constituição impõe a referendo sobre Tratados Orçamentais).
2- Mais até, a líder do Bloco quer que o país se prepare para reconstruir os instrumentos de soberania e preparar "para todos os cenários em que a UE nos ameace, sejam as sanções, o fim do euro ou a desagregação da UE." Leia-se: que se prepare para sair do euro ou da própria UE. Não foi um adeus ao euro, mas um fazer de caminho para isso.
3- Do ponto de vista europeu, o Bloco está mais cético - usando a Europa para se afastar e distinguir do PS, face à dificuldade em fazê-lo no plano interno. Está também mais soberanista, recusando o otimismo de Costa de que "só é possível ser socialista dentro da UE" (fase muito criticada por Pureza no palco). Mas, ao mesmo tempo, o Bloco quer ser mais internacionalista: Catarina Martins quer uma convenção daqui a um ano com os partidos congéneres, para preparar um projeto europeu alternativo.
4- Sobre estes movimentos congéneres, assinala-se um detalhe: os apupos dos congressistas à presença do Syriza no congresso. A cedência do partido ao terceiro resgate e às regras do euro (e a sua aproximação ao Partido Socialista Europeu) tornaram-no num partido pouco querido, por oposição p.e. ao Podemos de Espanha.
5- O Bloco já tem caderno de encargos para o próximo Orçamento: aumentar as pensões mínimas acima da inflação; subir as prestações sociais também acima da inflação. Isto implica um razoável esforço orçamental - e colocar em cima da mesa de negociação pontos que estão formalmente fora dos acordos celebrados em novembro passado.
6- Mas há mais pontos de tensão visíveis, na relação com o PS. Sobretudo o da dívida pública, que está em discussão nos grupos de trabalho que vão ter primeiros resultados em julho. A dúvida? Se o PS cede a uma proposta de reestruturação que, numa entrevista à Visão, Catarina Martins até já admitiu que não terá que ser "radical". Outros pontos em aberto são os da contratação coletiva, combate às "rendas excessivas" na energia, saúde e educação. Para além da (menos presente na Convenção) questão da banca, tendo em conta o processo da CGD e de venda do Novo Banco.
7- Quanto ao Bloco, como partido, Catarina Martins sai da Convenção muito reforçada, com 83% dos votos. Com larga e confortável maioria na Mesa Nacional (tornando-se autónoma na gestão interna, apesar da ala do partido que claramente não gosta da solução). E com a "geringonça" oficialmente aprovada pelo partido. Isto são, claro, boas notícias para António Costa e para a estabilidade do Governo.
Como o PS também já o fez no seu congresso, falta agora ver como isto é gerido no PCP, que tem congresso em dezembro - e onde se fala mais em divisões internas. De resto, até há um mês, os documentos internos oficiais dos partidos em nada abriam a porta a tal cenário.
8- Nas autárquicas, tudo ficou na mesma: percebe-se que o Bloco tentará ganhar força para integrar "pequenas geringonças" nos executivos de autarquias. Mas não ficou claro se, ao nível de coligações pré-eleitorais, haverá disponibilidades pontuais para conversar. A maior incógnita é Lisboa - onde Medina tenta a sua primeira eleição pelo PS, mas vendo o PCP pouco disponível para ir junta ao ato eleitoral.»
DAQUI:http://www.tsf.pt/politica/interior/o-que-esperar-do-bloco-oito-conclusoes-da-convencao-5250121.html
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NB:NO POST 35 PODERÁ VER UM RESUMO DOS DISCURSOS DE 2 DOS FUNDADORES DO BE!
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ResponderEliminarDepois de fazermos uma leitura mais atenta, concluímos que este texto é muito mais um "artigo de opinião", mas prontos: o importante é que ele reflita as ideias essenciais! ProfAnónima
ResponderEliminarINFORMAÇÃO RELACIONADA: EXTINÇÃO DAS FREGUESIAS
ResponderEliminarSegundo o CM de ontem, o Bloco de Esquerda...tal como a CDU... também quer repôr as Freguesias (mal) extintas antes das Autárquicas/17; mas o PS só quer estudar o assunto depois das Autárquicas/17!
Saiba mais no post 30!
ProfAnónima