História breve das misericórdias portuguesas
Autoras: Isabel dos Guimarães Sá; Maria Antónia Lopes
Língua: Português
ISBN: 978-989-8074-54-6
Editora: Imprensa da Universidade de Coimbra
Edição: 1.ª
Data: Julho 2008
Preço: 7,35 €
Dimensões: 170 mm x 120 mm
N.º Páginas: 159
Língua: Português
ISBN: 978-989-8074-54-6
Editora: Imprensa da Universidade de Coimbra
Edição: 1.ª
Data: Julho 2008
Preço: 7,35 €
Dimensões: 170 mm x 120 mm
N.º Páginas: 159
Sinopse:
A longevidade das misericórdias, a sua importância na sociedade portuguesa e a sua capacidade de se adaptarem a novas circunstâncias políticas, religiosas e culturais merecem um estudo que tente delinear as suas principais linhas evolutivas. É nesse sentido que convergem os esforços das duas autoras que levaram a cabo uma tentativa de apresentar em traços largos a sua história de mais de quinhentos anos.
Formadas num momento de grande prosperidade económica nacional, o reinado de D. Manuel I (1495-1521), com o intuito de praticar as catorze obras de misericórdia do catecismo cristão, as misericórdias portuguesas cedo se transformaram numa instituição abrangente e polifacetada, que absorvia um espectro variado de práticas de caridade. Mas também se foram constituindo num dos principais pólos do poder local do Reino, agregando as elites locais. Apesar de serem protegidas pelo poder régio, de quem dependiam diretamente, atuaram com uma grande margem de liberdade em relação ao poder monárquico, sem deixarem de acusar as configurações próprias de cada momento histórico.
Embora fossem confrarias ou irmandades, as misericórdias distinguiam-se das restantes pela natureza jurídica, que era civil, e pelas atividades que eram de carácter social e dirigidas para o exterior de si próprias. Assim sendo, o consulado pombalino (1750-1777) e a regência joanina (1792-1816) consideraram-nas capazes de assegurar a assistência no reino. Mas para isso coartaram a sua tradicional autonomia com um conjunto de medidas que procuraram viabilizá-las financeiramente, orientar as suas atividades segundo as necessidades do país e fiscalizar o seu desempenho.
Tanto o Liberalismo (1834-1910), como a 1ª República (1910-1926) como ainda o Estado Novo (1926-1974) seguiram essa mesma política, pois todos estes regimes viram nas misericórdias os órgãos centrais da assistência portuguesa. Só depois da Revolução de 1974 o Estado deixou de as considerar fulcrais na proteção social. Mas as misericórdias reagiram e mais uma vez se adaptaram e sobreviveram, embora à custa de transformações. Hoje continuam a ser instituições pujantes, assumindo um variado leque de serviços. Mantendo o espírito cristão, respondem na prática às atuais formulações de proteção e solidariedade social que decorrem do apelo da dignidade da pessoa humana.»
(ENVIADO POR UM COLABORADOR "SEMPRE MUITO ATENTO")
OUTRA SUGESTÃO DE LEITURA:
ResponderEliminarO COMENTÁRIO ENVIADO PRÓ "POSTE-ZERO", HOJE PELAS 17:55, RELATIVA ÀS FUNÇÕES DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS. ESSE TEXTO FOI PUBLICADO POR «POSTED BY DAMIÃO DE GÓIS AT 1/13/2007 01:37:00 DA TARDE in Dirigir 79/80 »
UMA BREVE HISTÓRIA DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS
ResponderEliminar«(...)
Durante os seus cinco séculos de existência, a acção de assistência social das Misericórdias assenta nos pilares das já referidas 14 Obras de Misericórdia, a espinal medula da sua cultura institucional.
As Sete Obras Corporais
1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nús.
4. Dar pousada aos peregrinos.
5. Assistir aos enfermos.
6. Visitar os presos.
7. Enterrar os mortos.
As Sete Obras Espirituais
1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Corrigir os que erram.
4. Consolar os tristes.
5. Perdoar as injúrias.
6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo.
7. Rogar a Deus por vivos e defuntos.
As Santas Casas da Misericódia primavam por tratar todos os seres humanos como irmãos, independentemente da sua raça, linguagem e cultura. Instalavam e mantinham hospitais e outros equipamentos de promoção e acção social à disposição de toda a população.
(...)»
«POSTED BY DAMIÃO DE GÓIS»
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarPois é.
EliminarJá o poeta dizia: «Mudam-se os tempos...mudam-se as vontades!»
Agora vamos tendo (algumas secções) das Cáritas.
Gratos pela sua participação!(e volte sempre...)