[TRAZIDO DO FB: JORNAL DE NEGÓCIOS]
SEGURO PIROU DE VEZ?
10 Abril 2013, 00:01 por Camilo Lourenço | camilolourenco@gmail.com
É costume dizer-se que é nos momentos difíceis que se vê quem é líder. António José Seguro, por quem tenho respeito, começa a mostrar que não é. E esta semana deixou isso bem claro. Minutos depois de se conhecer o chumbo do TC ao Orçamento de 2013, e questionado sobre como resolveria o imbróglio, respondeu: "Quem criou o problema que o resolva!". Se o país precisar de alternativa a Passos Coelho vai confiar num político que se porta como numa disputa de crianças? Adiante…
Seguro passou os últimos dias a pedir eleições. Com uma convicção chocante. Faz sentido? Não. Nenhuma sondagem põe o PS claramente à frente do PSD e muito longe de uma maioria absoluta. Com quem faria governo? Com um PSD vergado à derrota? Com um CDS que às vezes parece dar para os dois lados? E com que programa? Alguém acredita que a Troika tremeria às exigências de Seguro de aligeiramento do programa de ajustamento? É que a Troika já alargou o prazo duas vezes, desceu os juros uma vez, reviu duas vezes o défice e prepara-se para alargar a maturidade de parte da dívida por sete anos… Não chega?
Como se tudo isto não bastasse, na "comunicação ao país" Seguro mostrou até onde vai a sua coerência: deixou cair a referência a eleições (os berros do exterior puseram-no no sítio?). Além disso introduziu um factor estranho na discussão (mais um): pediu ao BCE que devolvesse a Portugal 3 mil milhões de mais-valias realizadas com dívida pública portuguesa. Como? Então o BCE já pode financiar Estados? António José, não sei quem o aconselha mas uma leitura (mesmo na diagonal) dos Tratados e dos estatutos do BCE poupava disparates inadmissíveis num candidato a 1º ministro.
camilolourenco@gmail.com
(ENVIADO POR:PA/DI)
SEGURO PIROU DE VEZ?
10 Abril 2013, 00:01 por Camilo Lourenço | camilolourenco@gmail.com
É costume dizer-se que é nos momentos difíceis que se vê quem é líder. António José Seguro, por quem tenho respeito, começa a mostrar que não é. E esta semana deixou isso bem claro. Minutos depois de se conhecer o chumbo do TC ao Orçamento de 2013, e questionado sobre como resolveria o imbróglio, respondeu: "Quem criou o problema que o resolva!". Se o país precisar de alternativa a Passos Coelho vai confiar num político que se porta como numa disputa de crianças? Adiante…
Seguro passou os últimos dias a pedir eleições. Com uma convicção chocante. Faz sentido? Não. Nenhuma sondagem põe o PS claramente à frente do PSD e muito longe de uma maioria absoluta. Com quem faria governo? Com um PSD vergado à derrota? Com um CDS que às vezes parece dar para os dois lados? E com que programa? Alguém acredita que a Troika tremeria às exigências de Seguro de aligeiramento do programa de ajustamento? É que a Troika já alargou o prazo duas vezes, desceu os juros uma vez, reviu duas vezes o défice e prepara-se para alargar a maturidade de parte da dívida por sete anos… Não chega?
Como se tudo isto não bastasse, na "comunicação ao país" Seguro mostrou até onde vai a sua coerência: deixou cair a referência a eleições (os berros do exterior puseram-no no sítio?). Além disso introduziu um factor estranho na discussão (mais um): pediu ao BCE que devolvesse a Portugal 3 mil milhões de mais-valias realizadas com dívida pública portuguesa. Como? Então o BCE já pode financiar Estados? António José, não sei quem o aconselha mas uma leitura (mesmo na diagonal) dos Tratados e dos estatutos do BCE poupava disparates inadmissíveis num candidato a 1º ministro.
camilolourenco@gmail.com
(ENVIADO POR:PA/DI)
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