[TRAZIDO DO BLOG ASAS DA MONTANHA (adap)]
HOJE:
- o Dia Mundial da Floresta,
- o Dia Mundial da Poesia,
- o Dia Mundial do Sono,
- o Dia Mundial da Eliminação da Discriminação Racial
- o Dia Europeu da Música Antiga.
EXTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2014
HOJE:
TANTOS DIAS NUM SÓ DIA
Assinala-se, hoje:
- o Dia Mundial da Floresta,
- o Dia Mundial da Poesia,
- o Dia Mundial do Sono,
- o Dia Mundial da Eliminação da Discriminação Racial
- o Dia Europeu da Música Antiga.
Asiáticos e europeus,
Americanos e africanos,
Antárticos e oceânicos,
Uma só família humana
Que as florestas acariciam.
Deixemos as árvores cuidar de nós,
Não as impeçamos de viver;
Elas trabalham continuamente
Para um bom sono podermos ter.
Ser poeta não é só escrever versos,
É ver o mundo com outros olhos;
Grandes poetas são as árvores,
Que libertam oxigénio aos molhos.
Velha melodia cantam as árvores
Quando o vento atrevido e insano,
Num movimento variado e disperso,
As faz dançar um ritmo bachiano.
INFORMAÇÃO INTERNA: COLOCAR COMO NOTA DE RODAPÉ:
ResponderEliminarNB: ESTE POEMA ESTÁ MUITO BEM CONSEGUIDO: PARABÉNS AO AUTOR! :)
ProfAnónima
NESTE DIA RECORDEMOS: Florbela Espanca
ResponderEliminarSer Poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendos
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
RECORDEMOS AINDA: ANTÓNIO GEDEÃO
ResponderEliminarPedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul
Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista
Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança
Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim
Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora
Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança