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sexta-feira, 21 de março de 2014

(38)UMA CURIOSIDADE MUITO CURIOSA! (hoje....)

[TRAZIDO DO BLOG ASAS DA MONTANHA (adap)]

HOJE:

TANTOS DIAS NUM SÓ DIA

Assinala-se, hoje:

- o Dia Mundial da Floresta, 
- o Dia Mundial da Poesia, 
- o Dia Mundial do Sono, 
- o Dia Mundial da Eliminação da Discriminação Racial 
- o Dia Europeu da Música Antiga. 
EXTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2014


Asiáticos e europeus,
Americanos e africanos,
Antárticos e oceânicos,
Uma só família humana
Que as florestas acariciam.

Deixemos as árvores cuidar de nós,
Não as impeçamos  de viver;
Elas trabalham continuamente
Para um bom sono podermos ter.

Ser poeta não é só escrever versos,
É ver o mundo com outros olhos;
Grandes poetas são as árvores,
Que libertam oxigénio aos molhos.

Velha melodia cantam as árvores
Quando o vento atrevido e insano,
Num movimento variado e disperso,
As faz dançar um ritmo  bachiano.

3 comentários:

  1. INFORMAÇÃO INTERNA: COLOCAR COMO NOTA DE RODAPÉ:

    NB: ESTE POEMA ESTÁ MUITO BEM CONSEGUIDO: PARABÉNS AO AUTOR! :)

    ProfAnónima

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  2. NESTE DIA RECORDEMOS: Florbela Espanca

    Ser Poeta



    Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

    Do que os homens! Morder como quem beija!

    É ser mendigo e dar como quem seja

    Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!



    É ter de mil desejos o esplendos

    E não saber sequer que se deseja!

    É ter cá dentro um astro que flameja,

    É ter garras e asas de condor!



    É ter fome, é ter sede de Infinito!

    Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…

    É condensar o mundo num só grito!



    E é amar-te, assim, perdidamente…

    É seres alma e sangue e vida em mim

    E dizê-lo cantando a toda a gente!



    (Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)

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  3. RECORDEMOS AINDA: ANTÓNIO GEDEÃO

    Pedra Filosofal

    Eles não sabem que o sonho
    É uma constante da vida
    Tão concreta e definida
    Como outra coisa qualquer

    Como esta pedra cinzenta
    Em que me sento e descanso
    Como este ribeiro manso
    Em serenos sobressaltos

    Como estes pinheiros altos
    Que em verde e oiro se agitam
    Como estas aves que gritam
    Em bebedeiras de azul

    Eles não sabem que sonho
    É vinho, é espuma, é fermento
    Bichinho alacre e sedento
    De focinho pontiagudo
    Em perpétuo movimento

    Eles não sabem que o sonho
    É tela, é cor, é pincel
    Base, fuste ou capitel
    Arco em ogiva, vitral,
    Pináculo de catedral,
    Contraponto, sinfonia,
    Máscara grega, magia,
    Que é retorta de alquimista

    Mapa do mundo distante
    Rosa dos ventos, infante
    Caravela quinhentista
    Que é cabo da boa-esperança

    Ouro, canela, marfim
    Florete de espadachim
    Bastidor, passo de dança
    Columbina e arlequim

    Passarola voadora
    Pára-raios, locomotiva
    Barco de proa festiva
    Alto-forno, geradora

    Cisão do átomo, radar
    Ultra-som, televisão
    Desembarque em foguetão
    Na superfície lunar

    Eles não sabem nem sonham
    Que o sonho comanda a vida
    E que sempre que o homem sonha
    O mundo pula e avança
    Como bola colorida
    Entre as mãos duma criança

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